Uma
faca só lâmina
Reflete
uma estrela só brilho
No
parapeito da mesa.
Um
pressentimento de aborto
Contamina
a lua,
E
uma ansiedade erótica o meu peito.
Metáforas
se multiplicam,
Proliferam,
colidem:
Mundos
colidem,
A
guerra é real e virtual.
Não
existe mais proletariado,
Mas
precariado e refugo.
Até
onde as metáforas?
É
preciso algum território,
Alguma
territorialização.
Hoje:
discutir o ocaso da metafísica
(Algo
de Nietzsche, provavelmente)
E
conferir a última bunda
Sob
o rótulo break the internet.
A
última bunda viral,
A
última banda de metal.
Me
lavo no banho.
Um
resto de líquido vaginal imaginário
Escorrega
de minha boca até o ralo.
O
cheiro do ralo...
Limpo
até.
(Metáforas
proliferam.
Até
onde?).
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