domingo, 19 de julho de 2015

SEM TÍTULO (UMA FACA SÓ LÂMINA)

Uma faca só lâmina
Reflete uma estrela só brilho
No parapeito da mesa.
Um pressentimento de aborto
Contamina a lua,
E uma ansiedade erótica o meu peito.
Metáforas se multiplicam,
Proliferam, colidem:
Mundos colidem,
A guerra é real e virtual.
Não existe mais proletariado,
Mas precariado e refugo.
Até onde as metáforas?
É preciso algum território,
Alguma territorialização.
Hoje: discutir o ocaso da metafísica
(Algo de Nietzsche, provavelmente)
E conferir a última bunda
Sob o rótulo break the internet.
A última bunda viral,
A última banda de metal.
Me lavo no banho.
Um resto de líquido vaginal imaginário
Escorrega de minha boca até o ralo.
O cheiro do ralo...
Limpo até.
(Metáforas proliferam.
Até onde?).

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