O
estado moribundo
Em
tantálica condição
-
“No copo”, falava,
E
nem a água entrava
-
Foi o que deu vida
A
um braço quebrado.
O
que ali havia de vida
Não
vicejava no resto deitado.
O
braço recuperou a memória
Do
cérebro desmemoriado;
Memória
mais imaginada,
Entre
o passado
E
o espaço do nada.
O
braço rejuvenesceu;
A
pele áspera e fustigada
Foi
bebê, menino e menina
Desesperada
para sair do colo
E
brincar;
Do
colo colado
Do
osso que estiolava.
Nenhum
esquema de isquemia
Explica
a vida
Daquele
braço.
Do
braço que ama e chora
Estando
enfaixado...
Porque
aquele braço,
Além
de braço,
Foi
a íntima e última possibilidade
De
recontar a sua história.