Todos
os sons da musa;
Mais
ainda os sutis,
Subterrâneos.
Vascularidades
Conforme
viscosidades
Discordes
Acordem
os acordes
Dos
sons subcutâneos,
E
os mais viscerais
Sem
que haja
Derramamento
de sangue;
Todavia
que a orquestra
Das
bordas
Esboroe
o fetichismo
Das
formas.
Duas
costelas de baquetas
E
um quadril
De
tambor: o suficiente,
Desde
que
A
macabra dissonância
Seja
percuciente
E
o som
Não
ensurdecedor.
Mas
acaba sendo insistente.
O
fetiche
Sempre
assume
O
papel de imperador,
Mesmo
em meio a ruínas.
Antes
fosse
Poema
eterno de amor.
Um comentário:
Há sempre algo que predomina no modo de se ver as coisas. É o que toma forma em tudo o que faz, escreve.
Muito bom o poema!
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