Escrevo
Porque
está ausente.
E
a ausência
Não
me completa
Em
sua plena
Opacidade.
A
ausência
É
o sentimento
Da
pureza,
Como
a página
Branca
da verdade.
Mas
o que se sente
Não
se escreve
A
não ser ausente
Na
própria escritura
Que
é saudade.
Ter
você pela violência
Ou
não
É
uma questão
De
gradação
Da
palavra,
Que
será sempre
O
vigário
Do
que é vicário.
Há
muitas vozes,
E
quanto mais vozes
Mais
ouvidos moucos.
Perenidade
É
só a ausência;
Só
ela
Fundamenta
Uma
presença
Onde
a brancura
Não
pode viver.
Escrever:
Rica
precariedade.
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