Dividir
a cama
Com
nossos pais
-
O freudismo inevitável.
Transformar,
então,
Em
experiência
A
representação.
Dividir
nossos corpos:
Amigas,
amigos,
Prostitutas,
michês,
Mãe,
pai, irmã, irmão.
Nossas
linhas de fuga
Brincarão
com os clichês.
Nossos
corpos serão matilha,
Uivando
perfumes
Na
noite irreconhecível.
As
linhas de seu corpo
Promoverão
zonas de rangência
Com
os animais.
Uma
aranha sensualmente
Apavorante
criará teia
E
te chamará de casa.
Gatas
eriçarão seus pelos.
Uma
leoa abrirá sua boca.
O
hálito carnívoro
Será
um banquete umedecido,
Regado
a um mórbido
Licor
de vida.
Linhas
de fuga
Beijarão
a loucura íntima
De
uma teoerotologia
Criada
após uma
Missa
de orgia.
O
número de corpos
Será
ilimitado
Como
o desejo.
Mas
o desejo é imensurável,
E
chegará o momento
Em
que todos os corpos
Estarão
em nós,
Profundamente
indiscerníveis.
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