De
que sarro fala?
Do
sedimento do seu vinho?
Da
saburra pós-suruba
Em
que sua língua ácida
Enveredou por algum caminho?
Enveredou por algum caminho?
Do
resíduo do tabaco
Ou
da fuligem da pólvora
Do
seu olhar que teima
Em
uma artificial toleima
Que
despista a profundidade
Do
seu próprio olhar, mistério
De
gruta ou no mínimo
(Nos
dias mais burocráticos)
De
escaninho?
Qual
foi o mistério
Do
diálogo daquela noite
-
Belo diálogo entre seu ânus
Avinhado
e a privada,
E
depois entre seu ânus
Avinhado
e minha boca?
Qual
o diálogo
Entre
a vida pública
E
a privada no poema?
E
até que ponto
Você
irá tirar sarro
Desse
esquema?
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