As
menores afrontam a noite
Como
uma gangue de prazer,
Postiço
ou não.
Dançaram
funk na sala de aula,
Sem
roupa.
O
professor gostou muito.
Transaram
com ele no banheiro
(Ele
guardou segredo,
Por
enquanto).
Elas
filmaram no celular
(Não
podem deixar vazar).
Afrontam,
depois, a noite
Como
se a gangue
Fizesse
uma rave particular.
Usam
drogas sintéticas,
Se
beijam na boca,
Uma
perde o boné.
Mais
tarde, outra perde
A
direção da casa
E
engravida de um policial
Que,
no futuro, a matará
Por
achar que foi traído.
Quanto
a mais pobre no momento,
O
odor da prostituição já a seduz,
Cada
vez mais próximo.
Um
cliente cortará sua jugular.
Das
outras, só uma trabalha.
Ajuda
a mãe na feira,
Mas
mais falta que comparece.
A
penúltima está tendo
Uma
overdose agora.
Mas
não morrerá.
Seu
futuro lhe reserva
Muita
miséria antes da morte.
A
última, um pouco mais nova
(Onze anos),
(Onze anos),
Violada
pelo pai
Com
consentimento da mãe,
Será
levada de casa
Por
um parente.
Estudará,
estudará, estudará
E
será professora doutora.
Morrerá
cedo,
De
ataque cardíaco
Ou
de saudades de sua gangue,
Ainda
não se sabe ao certo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário