Saliva
espessa
Expõe
o horizonte
(Sua
boca?).
Como
fada,
Sua
língua fala
Uma
língua
Pouco
falada,
Fadada
à extinção.
Quando
imagino
A
extinção em sua boca,
Um
irônico prolapso canta,
Um
pouco sujo,
A
luz da manhã,
Que,
ausente de uma perna,
Mais
vagarosa ilumina.
Mas
a luz suja
É
vigorosa
Como
a lâmina de um espelho
E
flui como uma subjetividade
Deslocando
gêneros.
Um
arroio roja esta luz
Como
ouro tântalo
Que
a esperança
Conseguiu
tocar.
Roreja
um rumor
De
prece
E
o seio da Virgem Maria
Amamenta
o dia.
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