O gato
de olhos sangros
Eriça
os cabelos da noite.
Que
mênstrua mensagem
Passaria
sua passagem?
Os
cabelos da noite
Nos
galhos da noite
Descansam,
dormitam
O sono
dos injustos,
A vigília
dos justos.
Mas
que sangue ainda luz
Nas
madeixas, que vermelho
Meneia
mudas queixas?
O pássaro
pia o dia com gangrena
Da
noite nulificada,
Pelo
sangue do dia encharcada.
Não
mais se estanca do dia a veia,
E o
que se anula
Ainda
guarda sua caveira:
O pássaro
gangrena,
O pássaro
sangra,
O pássaro
sangrena.
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