Tudo
o que ela tocou, olhou
Foi
esterilizado pela noite, pela lua.
Acima a lájea fria,
Embaixo
a luz dura.
Crueza
do processo, como salvação,
Rendição,
alguma enebulada cura.
Se
do obumbrado ombro de deus
Fluiu algum frio sombrio de sepultura
É
porque ela passou, tocou, olhou
As
plantas, as águas, as pedras,
Braceletes,
colares, cabelos.
O
silêncio nos cílios pesa pouco.
Dessa vez sonolesce
Enquanto escurece.
As plantas respiram profundamente,
As
águas manam seus fios
Junto
aos cabelos úmidos,
E
os braceletes e colares de ambos
Se
misturam, voluteiam
E
se enlaçam nas pedras.
O
silêncio dos cilícios,
Só
o som das águas
E
da respiração profunda dela,
Enfunada
pela noite:
Embarcação
do sonho.
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