A menina bem nova
Com
coleira no pescoço
(Protótipo
de uma paródia
Empoderada
de uma submissa
A si mesma)
Poderia
estar morta
Logo
após a calçada
Se
uma sirene não gritasse
Que
o entregador de moto
Fosse
atropelá-la.
Não
é precarização da imagem,
Nem
über-imagem
Da
contemporaneidade uber.
A
noite e a luz da moto
Podem
gerar uma voluptuosidade
Futuro-barroca
Ou
alguma flexibilização
Do
nosso tempo, nunca só nosso?
É
possível.
Uma
imagem pode
Ser
conduzida a sua história,
À
história das imagens,
A
sua sobrevivência.
Ou
pode brilhar sua pregnância
No
escuro da falha da cronologia.
Quanto
à menina,
Sabe-se
lá o que a espera
Em
outra esquina.
Sirenes
podem ajudar ou atrapalhar.
Viva
ou morta,
Viverá
sua vida.
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