O
antropos tropeça na rua,
Seus
tropeços caminham,
Seus
caminhos morfeiam
Enquanto
ele morfeia com a tecnologia
(Toma
pílula, regula o corpo
Desajustado,
reajusta seu organismo),
Enquanto
alguém reclama
Da
ditadura do celular
Para
alguém do outro lado do celular.
Um
cão passa perto do antropos
E
seus rostos se entrecruzam
Em
sintonia tecnoselvagem,
Rostidade
não mais tão resoluta,
Fazendo
o antropos se perceber animal
Sem
perceber, por um órgão
Que
se levanta repentinamente
(Cartaz
da Scarlett Johansson),
Pelo
suor, pela necessidade de urinar,
De
se arruinar no enxame monstruoso
Das
formigas escarlates
-
Starlets sob a vermelhidão solar,
Que
ele chama de irmãs,
Ainda
não tão em cartaz.
Alguém
tosse, anonimamente,
E
ao tossir é como se uma interpelação
Ideológica
chamasse o antropos,
Que
não ouve ou ouve mal,
Afinal
ouve mais o som múltiplo
E
confuso da sociedade complexa.
A
psique do antropos
Tem
um Freud de ocasião,
Um
Winnicott de sobreaviso,
Um
Jung de momento,
E
muitos deuses com os quais
O
antropos morfeia, como agora,
Sentindo
sono, morfeando com Morfeu.
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