(Mário de Andrade)
O
clowncel pintou
Os
cabelos de verde.
A
mãe não aprovou,
Mas
não importa muito.
De
noite, faz um jogo
De
luz e sombra
Com
os postes iluminados
E
com as árvores das calçadas:
No
claro é Coringa sorrindo,
No
escuro é Pennywise
Se
transformando em algo
Que
o clowncel nunca será
Se
o dia amanhecer,
Se
lavar o rosto,
Se
tirar a tintura,
Se
retirar a máscara no espelho
Sempre
mascarado,
Fragmentado
e traumatizado.
Pennywise,
no escuro,
Pensa
em como seu pênis
Poderia
mutar.
Mas
arlequinas
Não
existem mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário