Por
trás das folhas de uma árvore,
A
lua se expõe pouco, somente um olho.
Um
frio incomoda meu descoberto pescoço,
Como
vindo de uma boca,
Mas
que tenha perdido o calor.
Um
velho passa encapotado,
Emite
um zumbido de zumbi,
E
me delira um sorriso sujo de creepypasta.
Naquele
momento, no contexto da rua
Qualquer
cor, qualquer borboleta
Perdida
já o título ganharia
De
kinky queen queer.
De
uma janela pouco aberta
Ouço
a estrofe musical:
“But I’m a creep, I’m a
weirdo.
What the hell am I doing here?
I don’t belong here”.
Não
vem da janela.
Vem
do meu celular, sem querer.
Encontro
o velho novamente.
Ele já tinha contornado algum quarteirão?
Não
emite som nem sorri.
Na
esquina um cão olha
Com
suspeita para mim.
Ou
passo o cão ou retorno com o velho.
Passo
o cão, que transfere
O
som e o sorriso do velho.
Atravesso
a rua e, enfim, encontro
Uma
borboleta perdida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário