O
bode divino
Em
estado de dor e aleluia
Estertora,
convulso,
Ora
na confusão
De
procurar no corpo
Todos
os seus pênis
E
vaginas.
Seus
ouvidos afeitos
Aos
salmos, aos cantos
E
às recitações aforísticas
Já
não distinguem
Entre
o que entoa
A
vagina da testa
E
os seis ânus
Do
abdômen.
Excitado
com a confusão,
Com
a dor e com a luz,
Os
pênis da cabeça
Imitam
a coroa de espinhos.
O
bode divino
Bale
o bafio da besta
Com
saudades
Do
corpo de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário