A
multidão se alicia e se distancia
No
seu cerne multitudinário.
A
multidão se contradiz
E
nega a contradição
Para
revelar a diferença
(Em
seu fundo de opacidade).
Quantas
relações na multidão?
O
que se passa no subterrâneo?
Que
espécies novas de amor?
Que
agenciamentos do desejo?
O
desejo é ilimitado.
O
ph ácido da vagina
De
um corpo anônimo
(Um
gigantesco corpo anônimo)
Garante
a performação
De
uma boca anônima
Que
degusta uma fruta ácida.
A
língua, suave dedo molhado,
Gesticula
uma masturbação tântrica
(O
Ocidente de repente oscila).
(Bombas
explodem no aperto
De
peitos e seios,
Que
talvez estejam juntos em hospitais).
Como
um grito de prazer e morte,
Revolta
e orgasmo sujam as ruas.
Não
haverá como limpar.
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