quarta-feira, 4 de maio de 2016

SEM TÍTULO (NÃO SEI DE QUE EXÓTICA REGIÃO)

Não sei de que exótica região
De erotismo sagrado
Surgiram tais deusas
De pose sáfica.
Não sei por quais ritos passarão
Nem quais rituais
E sacrifícios executarão.
Vieram de uma rave?
Chupam doces da boca
Uma da outra.
Vieram de um show de rock?
Vieram imaginadas
Pela esquina escura
Que abre um universo
Volúvel e inesperado
A cada nova esquina (escura)
Para que algum falso psicótico
Como eu pense em literatura?
São amigas de Albertine?
Skaters, hipsters, hippies chics,
Junkies, groupie chicks,
Aventureiras de rua?
Se eu não sofresse de cansaço
Pós-moderno poderia continuar
E tecer toda uma intertextualidade
Até esgotar o ramerrão lírico,
Mas elas estão dopadas,
Vomitando tudo, até sangue,
E eu, sem sofrer déficit de símbolo,
Ligo, Orfeu, para a emergência
Antes de ser devorado
Em um bacante banquete
Scat reverse gangbang.

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