O
ser é nômade,
Tudo
é fluxo espermático, sanguíneo,
Os
lobos que eriçam meus pelos
Para
poderem viver,
A
película de seus olhos
No
arvorecer florestal,
O
ritmo mágico da fala indígena
Que
zumbe em seu ouvido
E
prejudica a tecnologia dispendiosa
Das
grandes cidades,
O
mito alucinado invadindo
Seu
corpo e o corpo citadino,
Os
corpos das mulheres bêbadas
Anoturnadas,
o vento que sopra
A
pústula quente do seu desejo
Andrógino
de ser Cristo,
O
ser é nômade...
Mas
algo tem de se repetir.
É
preciso que algo se repita,
Caos
saudoso no entorno
De
algum retorno.
Uma
palavra tensa, aflita,
Que,
por um momento que seja,
Performe
o eterno, densa.
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