Salomé
- A que morou
No coração
De Moreau -,
Me leva
A cabeça,
Em rútila bandeja,
Para onde quiser.
Vaga com ela,
Prisca odalisca,
Em ponta de pé.
A belisca
Com um beijo,
Espectro do desejo;
A mima
No seio do seu tédio -
Sonho nédio de langor
Que laureia
Uma estranha sorridente
Lua algescendente.
Então nela pisa,
E curvando o corpo
Trejeita um ponto de interrogação,
Que é a resposta
Da minha intenção.
sábado, 29 de maio de 2010
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