Cataventos verdes
Resistem a beber água,
A não ser por baixo.
A flexidez de seus troncos
Preenchem o vazio
De areias sem pegadas.
Mas suas sombras, nas areias,
Não iludem a solidão.
Às vezes tudo é tão azul...
E a distância mal revela alguns de seus pedaços.
O sol se centra
E, sentado,
Estende manto dourado
- Essa riqueza do sol de pôr ouro nas coisas -
Onde tudo deixa oscilante:
Sóis, embarcações...
A luz no centro, sempre.
Ao horizonte rente.
As areias, sem pegadas.
O homem,
Quando,
Sempre a vogar.
Ou então, encalhado,
Quando
Não no mar.
[Poema inspirado em elementos do universo pictórico do pintor, desenhista, escritor e fotógrafo Ulysses Farias].
domingo, 14 de março de 2010
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2 comentários:
Gostei muito do poema, do seu blog! Abraços, Jacqueline (VARAL DO BRASIL)
O sol dos poetas deve ser o brilho que o sol sempre quis dizer aos pintores sobre a maneira a ser pintado.
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