Vinha vinho
Como vinha
O vento.
Vinho havia
Na luz vizinha
Que da lua vinha.
Convinha o vinho
Como o corpo que se avizinha.
E mais vinha,
Porque bem mais havia.
Como o vento vinha
E a luz vizinha.
Mas não só vinho
Aos lábios vinha.
Também só o que o escuro adivinha;
Pois vinha junto
O corpo que se avizinha
Do corpo e do vinho.
E de onde vinha?
Provinha...
O vinho convinha.
E vinha mais,
Mas aos lábios vinha
Não só o vinho.
O vinho só
Não convinha.
domingo, 2 de novembro de 2008
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7 comentários:
Carlitos, andei lendo um cara e acho que você ia gostar. Já pegou pra ler aquele tal Bruno Tolentino? O cara escreve bem demais! Eu gostei, pelo menos. Dá uma olhada, na net você acha algumas coisas dele, e tem muito a sua cara.
Muito bom o blog kara! Vejo que não o atualiza a "alguns" meses, mas mesmo assim, gostaria de convidá-lo a conhecer e entrar como seguidor do meu (também é de poemas):
www.imaginososvocabulos.blogspot.com
Para entrar como seguidor é fácil; Basta clicar em "Acompanhar esse blog", no painel da direita.
Abraços e sucesso.
Oi, Carlos, gostei muito da aliteração do poema. Gosto de utilizar recursos assim também.
Belo poema.
Grande abraço
Vou me intrometer aqui e falar da sua poesia.
Gostei, é do tipo que precisa ler com empenho, e acaba achando uma surpresa entre as rimas.
Tem um tom bem melancólico. E é simples, aquele simples bom de ler.
Haha,
só agora eu vi que há mais de uma centena de poemas!
Sou do século passado, não tenho muita intimidade com blogs...
legal muito bom carlão
Impecável! Um poema erótico que apenas sugere indirectamente o erotismo ("e não era só vinho")
Um abraço,
Jorge
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