Báquicas e bakúnicas,
Ensaio de selenofilia
Pós-beck ou pós-Beckett,
As veias bailarinas, rúnicas,
Se aprofundam
Na noite do corpo,
Até que uma estrela sanguínea
Aponte um horizonte
De dança
Ainda mais aberta.
Báquicas e bakúnicas,
Ensaio de selenofilia
Pós-beck ou pós-Beckett,
As veias bailarinas, rúnicas,
Se aprofundam
Na noite do corpo,
Até que uma estrela sanguínea
Aponte um horizonte
De dança
Ainda mais aberta.
Uma ocupação felina
Desce
por sua nuca,
Próxima
aos cabelos,
E
o corpo é público,
Propriedade
privada
De
privação,
Onde
homens, mulheres,
Animais,
vegetais, minerais
Revéis,
linfáticos, ninfáticos,
Percorrem
todo o corpo,
Mesclando
os odores
Dos
pelos, dos púbis,
Dos
mucos, dos sucos,
Das
hierarquias e plebes
Destituídas
dos tecidos
E
das peles.
Ao
tocar seu corpo,
Todos
os ecossistemas
Ecoam,
econômicos,
Extensos,
vastos,
Flores
do mal
Envenenando
de vida
Os
templos castos.
A lua, sincopada,
Sonha
a sobrevivência
Na
luz dos vaga-lumes,
Zumbiziguezagueante
Como
uma promessa
Intermitente.
Linguagem sombria, secreta
É
dos móveis na noite estática.
Só
eles se movimentam, conspirando
Uma
secreção do sentido, que estala,
Estufa,
imperceptivelmente respira, quente.
Viscosidade
que a noite não aclara,
Só
sombreia, engolfa, só ajuda
No
segredo, o compartilha
Na
internalização do escuro.
Que
horror do sentido conspira
Em
sua suspensão tensa, que adormece?
Que
crime, que suspeita sonolência e suavidade?
É
dia, e os móveis sonham o sentido
Que
lhes damos.