O
cabaço do braço
Fricciona
o hímen do olho.
Úmido,
ansioso.
O
lacre do ouvido,
O
selo da boca,
O
rótulo da narina
O
dildo do dedo
Não
perfura, penetra, invade,
Nem
o pênis da cabeça
Consegue,
momentâneo,
Uma
estratégia
Que
os pervada.
A
cabeça do pênis se perde
Em
uma espécie
De
labirinto de pele,
E
confunde o natural
Com
o artifício:
Se
rende a todo agenciamento,
Mas
pervaga, perdida.
Não
cumpre promessas
De
localização e ação.
A
boca do ânus se fecha
Em
um abraço sufocado.
Não
se alimenta?
Não
vomita?
Um
início de catarata
Improvisada
No
canto do olho
Adoenta
o hímen,
Acaricia
sua pureza,
E
uma espécie não antes sentida
De
orgasmo
Extravasa
calado
Na
calada
Da
noite, cálida
-
Aberta crisálida.